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Um parlamentar no Brasil ganha um salário de R$ 33.763 e tem direito a auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, e verba de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato e outras despesas. Além de tudo isso, eles recebem dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo e ressarcimento de gastos com médicos.
Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em 2018, 13,5 milhões de brasileiros encontravam-se em situação de extrema pobreza, vivendo com renda per capital mensal de até R$ 145.
Considerando apenas o salário dos deputados e senadores brasileiros, fora os benefícios, seria necessário juntar a renda de 232 brasileiros que vivem na extrema pobreza (R$ 145) para dar o valor de apenas um salário de parlamentar (R$ 33.763).
O número de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema (13,5 milhões) no Brasil é equivalente a 6,5% dos brasileiros. Este número é superior à população inteira de países como Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal.
Recentemente, a mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a especialista em coaching Heloísa Wolf Bolsonaro, resolveu usar seu perfil no Instagram para desabafar sobre a vida com salário de político que, segundo ela, não tem nada de glamouroso – pelo contrário, afirma, é cheia de perrengues, especialmente durante viagens ao exterior.
Atualmente no Brasil, 5,2 milhões de pessoas passam fome e 17 morrem de desnutrição todos os dias.
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