Iniciativa começou na quarta (25) com 50 marmitas, mas meta é chegar a distribuir 300 - Divulgação/Sopão Solidário |
Tanto para prevenir os não infectados quanto para tratar as pessoas que tiveram diagnóstico positivo para o cronavírus, as recomendações de saúde são as mesmas: se manter em isolamento domiciliar; reforçar os cuidados com a higiene pessoal; se alimentar bem e beber bastante água. Mas, como ficam as recomendações para a população de rua? Sem domicílio, sem a possibilidade de preparar refeições diárias e poucas oportunidades de manter a higiene necessária para combater o coronavírus, essa parte vulnerável da população vem preocupando profissionais da saúde.
É nesse cenário que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu realizar no Recife ações de solidariedade. Inicialmente, com o projeto Marmita Solidária a proposta é, seguindo as recomendações sanitárias, distribuir marmitas para a população de rua concentrada nas redondezas do Armazém do Campo, que fica localizado no bairro Santo Antônio.
No bairro, algumas ONG’s já realizavam o trabalho de distribuição de refeições, mas a recomendação de isolamento e a falta de estrutura sanitária para garantir o preparo das refeições acabou impondo a suspensão das atividades dessas organizações. Para o MST, o importante agora é ajudar os mais necessitados, como afirma Paulo Mansan, dirigente do movimento em Pernambuco “Apesar de nós termos muitas necessidades no próprio movimento, ali nas redondezas do Armazém tem gente passando fome. O MST está articulando as organizações nessa ação de solidariedade porque se dividirmos o pouco que a gente tem, alguns não passarão tanta necessidade. É uma ação pequena diante da demanda real, mas tem um impacto imediato na vida daquelas pessoas que estão ali próximas da gente”.
A proposta inicia nesta quarta (25) com 50 marmitas, mas tem a expectativa de crescer a partir de uma campanha de arrecadação e chegar a distribuir refeições para 300 pessoas. Também no sentido de evitar que as pessoas saiam de casa para contribuir, as doações vêm sendo feitas apenas via transação bancária. A iniciativa vem sendo tocada por diversas organizações ligadas á Frente Brasil Popular, como uma série de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizações religiosas como a Pastoral do Povo de Rua e outros movimentos populares.
Para coordenar a ação e garantir que a alimentação seja feita, embalada e distribuída sem risco de contaminação, o Setor de Saúde do MST, junto com outros profissionais da área vem acompanhando todo o processo.
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