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Segundo a pesquisa ‘A Escalada da Desigualdade‘, lançada pela FGV Social, o segundo trimestre de 2019 foi o 17º trimestre consecutivo de aumento da desigualdade no país. Isso significa que há quatro anos e três meses a renda dos mais ricos cresce enquanto a dos mais pobres diminui.
Os 17 trimestres de aumento da desigualdade representam uma marca histórica segundo a instituição. A pesquisa da FGV Social aponta que “nem mesmo em 1989 que constitui o nosso pico histórico de desigualdade de renda brasileira houve um movimento de concentração de renda por tantos períodos consecutivos”.
O cálculo é feito usando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e do índice de Gini, usado mundialmente para medir a desigualdade. Os dados apontam que, desde o último trimestre de 2014, o país registra altas seguidas na concentração de renda.
A linha de pobreza usada pela FGV é calculada na base do dinheiro que as pessoas dispõem para viver: quem tinha menos de R$ 233 por mês, em agosto de 2018, era considerado pobre.
Nesses 17 trimestres, o Brasil teve três presidentes: até maio de 2015 o governo era de Dilma Rousseff (PT). Depois, com o impeachment, de Michel Temer (MDB). Em janeiro deste ano, assumiu Jair Bolsonaro (PSL).
Outras pesquisas mostram que mais de 5 milhões de pessoas passam fome no Brasil e 17 pessoas morrem de desnutrição a cada dia.
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