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domingo, 17 de março de 2024

LPG PE reconhece trajetória de Libânio Francisco como Mestre de Cultura Popular


A Lei Paulo Gustavo em Pernambuco, através do Edital nº 009/2023 de SALVAGUARDA DAS CULTURAS POPULARES, DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, reconheceu a Trajetória de Libânio Francisco como Mestre de Cultura Popular, tendo o mesmo concorrido na cota de pessoas negras, pela autodeclaração como pardo, que está incluído na classificação de identidade étnico racial, bem como pela ligação com as Comunidades Tradicionais e Povos de Terreiro.

No critério de seleção adotado pelo edital, Libânio Francisco ficou na colocação de número 50º de um total de 92 em todo o Sertão de Pernambuco.

A Trajetória Cultural de Libânio Francisco conta desde 2001, más de forma permanente,  caminha para completar 18 anos no próximo mês de agosto do corrente ano.

Libânio Francisco, atua prioritariamente nas áreas da Cultura Popular, Cultura Negra e Cultura Afrobrasileira e Indígena, sendo também, Educador Popular, Arte Educador, Comunicador Social, Produtor Cultural, Pesquisador e Escritor. 

O Blog Raízes Notícias, fez uma breve entrevista com Libânio Francisco e publica nessa oportunidade.

P: Raízes Notícias: Há quanto tempo você vem atuando na área da cultura em Pernambuco ?
R: Libânio Francisco: Minha Trajetória Cultural tem início em 2001, na região da Mata Sul de Pernambuco, aonde atuava como elaborador de projetos sociais e culturais, más é a partir de 2005 que tem início uma convivência maior com a cultura. 
Os primeiros contatos com o Maracatu de Baque Virado em Recife e região metropolitana foi através do já falecido Mestre Roberto Barros, do Maracatu Nação de Luanda, falecido em 21 de abril de 2020. 
Com os Maracatus de Baque Solto, ou Maracatu Rural, o contato se deu na Mata Norte, em especial com o Mestre Meia Lua, (assim ele se apresentava), de um engenho de cana e Vicência (cujo nome já não recordo). 
Outra experiência percussiva que me chamou a atenção foi a Banda Dandara em Água Fria, Recife, criada por Binha. 
Na própria Mata Sul, os primeiros contatos com as danças populares se dá em 2006. 
Com a Capoeira, meu contato se dá já bem antes em Caruaru, por volta dos anos de 1985. Em dezembro de 2006, a realização de um festival cultural em Ouricuri, o qual fui elaborador da idéia/projeto e de sua execução, me chamou a atenção pela diversidade cultural ali reunida: Capoeira, Maculelê, Caboclinho, Xaxado, Coco de Roda, Dança de São Gonçalo, Repentistas, Sanfoneiros e poetas, entre outros. 
O contato com a Cultura Gonzaguiana, ocorre por volta de 2006/2008, com as andanças pelo Sertão do Araripe, aonde pude vislumbrar toda a imensidão da obra de Luiz Gonzaga. 
A partir de 2007 e principalmente 2008, passo a ter um contato mais direto com as danças populares e com a negritude de raízes quilombolas do Sertão Central, especialmente pelo contato inicial com o Grupo Zumbi de Mirandiba, o que se aprofundou nos anos seguintes. Más, é em novembro de 2009, quando da realização do Festival Pernambuco Nação Cultural em Floresta/PE, que inicio meu mergulho definitivo na Cultura Afrobrasileira e Indígena no Sertão de Pernambuco.

P: Raízes Notícias: E sua formação cultiural, como se deu ?
R: Libânio Francisco: Minha formação cultural e também musical, tem início em meados de 2011, e digo formação porque compreendo que é diferente o processo de vivência cultural, quando você sai de participante para a busca o aprendizado, do conhecimento. Essa formação foi voltada primeiramente para o Maracatu de Baque Virado e o Afoxé, o que se seguiu até junho de 2013. 
É em julho de 2013 que uma nova dimensão acontece em minha formação, que foi o aprendizado de Maracatu de Baque Virado com o Mestre Chacon Viana da Nação do Maracatu Porto Rico e o aprendizado de Afoxé, com o Mestre Fábio Gomes do Afoxé Oyá Tokolê. 
Atualmente minha atuação no campo da formação cultural, destaca-se o Coco de Roda, o Afoxé, e principalmente o Maracatu de Baque Virado, além das tradições quilombolas de terreiro, cujas experiências se desenvolvem desde o ano de 2010, de forma efetiva e permanente. 
Más, é no Maracatu de Baque Virado, que se concentra minha maior vivência, que se destaca na construção rítmica do baque, na elaboração de evoluções percussivas e na construção das Loas/Toadas, sendo criador de uma variação que denomino de “Samba de Maracatu”, que é a mistura de samba de terreiro com a batida do Maracatu.
Outra experiência criada e que também tem sido desenvolvida, e que denominei de Samba de Jurema, é a vivência que está sendo construída junto à Comunidade Quilombola de Floresta, através da Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú.
Nesse sentido, minha vivência da cultura negra e afrobrasileira tem se somado principalmente às tradições de origem Bantu, bem como à vivência das tradições afroindígenas produzidas especialmente no sertão de Pernambuco, fundamentada no culto a Jurema Sagrada.

P: Raízes Notícias: Qual a importância de ser Mestre de Cultura Popular ?
R: Libânio Francisco: Inicialmente em fiquei muito resistente a assumir essa identifcação, más após conversar com várias pessoas com as quais compartilho minhas ações e pensamentos e principalmente, após conversar com meu Mestre de Maracatu, Chacon Viana, da Nação do Maracatu Porto Rico e de ter recebido dele o incentivo e o reconhecimento, me senti mais à vontade para assumir esse perfil.
E isso tudo faz aumentar a minha responsabilidade, na condução de todo o trabalho desenvolvido.

Para conhecer melhor a Trajetória Cultural de Libânio Francisco, as pessoas interessadas podem acessar os links indicados a seguir:

sábado, 16 de março de 2024

8/3/2024/Maracatu Afro Mulher/Viradão SESCPE em Floresta/PE


Na sexta-feira dia 08 de março de 2024, o Grupo Cultural Dandara - Afro Mulher, realizou apresentação de Maracatu de Baque Virado, nas ruas do comércio de Floresta/PE.

A apresentação especial foi em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e também à convite do SESC Floresta como parte da programação VIRADÃO SESCPE, por ocasião do aniversário de 77 anos do SESC em Pernambuco.

Outro fato importante e histórico, é que essa apresentação marca o retorno do Grupo Dandara - Afro Mulher, após paralisação devido à pandemia de Covid-19 e pela falta de apoio para a estruturação do grupo.

Por outro lado, a apresentação abre as comemorações referente aos 14 anos de fundação do Grupo Dandara, ocorrido em 20 de novembro de 2010, bem como 9 anos da inclusão do nome Afro Mulher ao grupo, ocorrido em 05/03/2015.

CONFIRA O REGISTRO FOTOGRÁFICO PUBLICADO NO FACEBOOK:

CONFIRA TAMBÉM OS VÍDEOS PUBLICADOS NA TV RAÍZES DA CULTURA

sexta-feira, 15 de março de 2024

Prefeita e Vice-Prefeita de Floresta, visitam o Instituto Raízes no Bairro do Vulcão


No domingo dia 10 de março de 2024, a Prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba e a Vice-Prefeita Bia Numeriano, realizaram visita as atividades do Instituto Cultural Raízes, por ocasião da apresentação cultural realizada pelo Grupo Cultural Dandara - Afro Mulher, com apoio da Lei Paulo Gustavo.

Fizeram parte também da comitiva, o Secretário de Governo Dário Novaes Ferraz, o Secretário de Produção Rural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Betinho Numeriano e a Articuladora Municipal da Lei Paulo Gustavo, Ana Gleide Leal.

Na oportunidade foi realizado um breve diálogo sobre a importância do trabalho desenvolvido pelo Instituto Cultural Raízes no município e em especial no bairro do Vulcão, as dificuldades enfrentadas e o retorno aos trabalhos a partir da Lei Paulo Gustavo.

Também foi realizada visita ao local em que funcionará o Espaço Cultural Elias de Flora, como parte do trabalho do Ponto de Cultura Tambores da Resistência.

Confira as palavras da Prefeita, da Vice Prefeita e de Ana Gleide, na oportunidade da visita, clicando aqui.

Confira também as palavras de Libânio Francisco, Presidente do Instituto Cultural Raízes, acessando aqui.

Grupo Dandara - Afro Mulher apresenta Maracatu com apoio da LPG em Floresta


No domingo dia 10 de março de 2024, o Grupo Cultural Dandara - Afro Mulher, realizou apresentação de Maracatu de Baque Virado, na Praça Elias de Flora (Praça do Vulcão).

A apresentação fez parte da programação selecionada em edital da LPG-Lei Paulo Gustavo no município de Floresta/PE.

O GRUPO DANDARA  -  AFRO MULHER

O Grupo Cultural Dandara - Afro Mulher, foi criado pelo Instituto Cultural Raízes em 20 de novembro de 2010, inicialmente como um grupo de danças afro e populares.

Já em setembro de 2011, são as integrantes do Grupo Dandara que dão os primeiros passos no aprendizado do Maracatu de Baque Virado. O Grupo passa a se destacar como pioneiro(a) em Floresta e região, como primeiro grupo a trabalhar o Maracatu de Baque Virado.

O BAIRRO DO VULCÃO

O bairro do Vulcão/Escondidinho, como assim é popularmente conhecido é o berço cultural do trabalho realizado pelo Instituto Cultural Raízes em Floresta, desde o ano de 2010.

É a comunidade de periferia que reúne várias das principais referências da Cultura Popular de Floresta.

10 de março de 2024

A apresentação do Grupo Dandara Afro Mulher, no dia 10 de março na Praça Elias de Flora (Praça do Vulcão como também é conhecida), foi apoiada em Edital da Lei Paulo Gustavo em Floresta e fez homenagem ao 8 de março - Dia Internacional da Mulher, além de marcar dois aspectos históricos vivenciados pelo grupo. O primeiro é que completou em fevereiro de 2024, 12 anos da primeira apresentação de Maracatu no Vulcão, feito pelo Grupo Dandara, bem como, completou-se 9 anos da primeira apresentação de Maracatu do Grupo Afro Mulher, também no Vulcão.

CONFIRA AS FOTOS DO EVENTO  NO FACEBOOK, CLICANDO AQUI.

PARA ASSISTIR OS VÍDEOS DO EVENTO, ACESSE AQUI A PLAYLIST NO CANAL DA TV RAÍZES DA CULTURA.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Dia da Liberdade de Cultos

                                


O Dia da Liberdade de Cultos é comemorado anualmente em 7 de janeiro no Brasil.

Esta data celebra a liberdade que todos os brasileiros têm de exercer as suas crenças de modo livre e sem qualquer tipo de perseguição religiosa.

História do Dia da Liberdade de Cultos

Essa data foi escolhida em homenagem à primeira lei criada no Brasil sobre a liberdade de cultos.

O projeto de lei de 7 de janeiro de 1890 foi feito por iniciativa do gaúcho Demétrio Ribeiro, Ministro da Agricultura naquela época.

Anos mais tarde, em 1946, com a promulgação da nova Carta Magna, o célebre escritor baiano e deputado federal por São Paulo, Jorge Amado, propôs um artigo para a Constituição que reafirmava a importância da liberdade religiosa no país.

Importância da Liberdade de Culto

O Brasil é um país multicultural, rico em crenças e doutrinas religiosas que enriquecem a sociedade brasileira.

Este direito está previsto de modo bastante claro no artigo 5º da Constituição Federal de 1988:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
(...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;”

A Cabanagem / Guerra dos Cabanos

                                


A Cabanagem foi uma revolta que aconteceu na província do Grão-Pará, entre os anos de 1835 e 1840, durante o Período Regencial. Logo após a abdicação de Dom Pedro I e enquanto se aguardava Dom Pedro II atingir a maioridade, o império brasileiro foi governado por regentes. 

Esse período foi marcado por revoltas provinciais, e no Grão-Pará aconteceu a Cabanagem, uma das mais violentas desse período. As causas da revolta foram a grave situação econômica e social da região e a disputa pelo poder na província. Os principais líderes eram indígenas, negros e pobres, mortos pelas tropas regenciais.

VEJA TAMBÉM O VÍDEO PRODUZIDO PELA TV RAÍZES DA CULTURA:



Contexto da Cabanagem

Dom Pedro I abdicou do trono do império brasileiro em 1831. Seu herdeiro, Dom Pedro II, tinha apenas cinco anos de idade e não poderia sucedê-lo. Enquanto se aguardava a maioridade do futuro imperador, o Brasil foi governado por regentes. Em 1834, foi publicado o Ato Adicional que concedia relativa autonomia às províncias. O Período Regencial foi marcado por agitações políticas e revoltas em várias províncias brasileiras.

O Brasil seguiu o caminho inverso das antigas colônias espanholas, que, logo após a independência, transformaram-se em repúblicas. O ideal republicano esteve na pauta de várias revoltas regenciais. Para derrotar essas revoltas e manter a unidade territorial do império brasileiro, o governo regencial não poupou esforços em enviar tropas e derrotar os líderes das revoltas. Em vários casos, usou-se da violência para que servisse de exemplo e evitar novas revoltas.

O Grão-Pará era uma província que se localizava no Norte do Brasil e muito distante do Rio de Janeiro, capital do império. Isso fez com que a província tivesse mais proximidade com Portugal do que o governo imperial. As forças portuguesas tinham influência na região e entraram em conflito com as forças brasileiras, que estavam em ascensão logo após a independência do Brasil, em 1822.

Causas da Cabanagem

As principais causas da Cabanagem foram:
> crise política e econômica no Grão-Pará;
> autoritarismo do governo local nomeado pelos regentes;
> camadas populares exigiam melhores condições de vida e o fim da escravidão;
> disputas entre brasileiros e portugueses.

Estouro da Cabanagem

Desde a independência do Brasil, em 1822, a província do Grão-Pará enfrentava conflitos políticos entre brasileiros e portugueses. A população local se organizou para expulsar os portugueses, que desejavam manter a colonização brasileira.

Desde 1832, os governantes nomeados pelos regentes não eram aceitos pelo povo. A chegada de Bernardo Lobo de Sousa para governar a província desencadeou uma revolta armada. Sua forma autoritária e repressiva de governar o Grão-Pará fez com que os revoltosos fizessem um levante para derrubá-lo do poder e definitivamente expulsar os portugueses que controlavam o comércio da região.

Em 1835, começava a Revolta da Cabanagem, fruto da resistência do Grão-Pará contra as péssimas condições sociais, a presença portuguesa e o autoritarismo dos governantes enviados pela regência. O nome da revolta é uma referência ao termo como os revoltosos foram chamados: cabanos, que moravam em palafitas, também conhecidas como cabanas.

Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre prenderam e mataram o governador Bernardo Lobo de Sousa e instalaram um novo governo no Grão-Pará, liderado por Malcher. Porém, como aconteceu em várias revoltas provinciais, os integrantes do novo governo entraram em conflito por conta dos diversos interesses que entraram em choque.

Francisco Vinagre se desentendeu com Félix Malcher e, como liderava as tropas, tentou derrubar o novo governante, mas acabou preso. Seu irmão, Antônio Vinagre, assassinou Melcher e empossou Francisco como governador do Grão-Pará.

Outro líder que começou a se destacar na Cabanagem foi Eduardo Angelim, muito popular na camada mais pobre. Angelim liderou as tropas revoltosas contra o ataque do almirante britânico John Taylor, que chefiou os soldados imperiais no combate aos cabanos. Apesar de Taylor ter ocupado a capital Belém, as tropas de Angelim conseguiram reverter a situação, expulsar o almirante e assumir o comando da capital, proclamando um governo republicano.

Eduardo Angelim se tornou o novo governador do Grão-Pará e decidiu fazer um governo voltado às questões sociais e econômicas que tanto afligiam as camadas mais pobres da província. Apesar de ter apoio popular, Angelim não tinha apoio político, o que não garantiu a estabilidade do governo republicano recém-instalado.

As investidas dos soldados imperiais contra os revoltosos foram um sucesso, e Angelim foi deposto e preso. A capital retornou para a administração regencial e os cabanos se refugiaram para o interior da província, na última tentativa de resistir aos ataques militares dos soldados imperiais.

Entre 1837 e 1840, a luta entre revoltosos e governo regencial se deu de forma violenta. A Cabanagem saiu derrotada, mas entrou para a história como sendo a única revolta em que representantes das camadas populares assumiram o poder em uma província.


Líderes da Cabanagem

Os principais líderes da Cabanagem foram:

Felix Clemente Malcher

Nascido em 1772, na cidade paraense de Monte Alegre, Francisco Clemente Malcher foi militar e se tornou o primeiro governante a assumir o poder no Grão-Pará, logo após a eclosão da Revolta da Cabanagem. Porém, como governador, Malcher se afastou das reivindicações da revolta e começou a perseguir seus antigos companheiros de luta. Ele declarou sua fidelidade à Dom Pedro II e prometeu ficar no poder até a maioridade do futuro imperador. Em 20 de fevereiro de 1835, Malcher foi deposto e morto pelos integrantes da Cabanagem.

Francisco Vinagre

Logo após a deposição e morte de Félix Clemente Malcher, quem assumiu o poder do Grão-Pará foi Francisco Vinagre. Nascido em Belém, no ano de 1793, Vinagre era chefe das tropas da Cabanagem enquanto Malcher era governador. Desentendimentos entre os dois fizeram com que o governo cabano se desestabilizasse. Vinagre foi preso, mas seu irmão, Antônio Vinagre, matou Malcher e o libertou, empossando-o como novo governador. Tal qual o primeiro governante da Cabanagem, Francisco Vinagre foi acusado de traição e de se aliar aos regentes.

Eduardo Angelim

Eduardo Angelim nasceu em 1814, foi lavrador e um dos líderes da Cabanagem. Desde a juventude, participou ativamente da política no Grão-Pará. Foi o último governante da província e tentou fazer um governo voltado para as questões sociais. A falta de apoio político desestabilizou seu governo, o que favoreceu a retomada do poder regencial.

A Província do Grão-Pará era uma das maiores em extensão territorial. Localizada no Norte do Brasil, seu território ocupava as regiões onde hoje são Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Tocantins.

Por conta da sua posição geográfica, a província estava isolada do Rio de Janeiro, capital do Brasil na época, e bem mais próxima de Portugal. Por isso, a influência portuguesa era mais forte na região do que as decisões vindas do governo central brasileiro. Logo após a independência brasileira, a população do Grão-Pará se mobilizou para expulsar os portugueses e aderir ao império brasileiro.

Saiba mais acessando este link.

Você sabia ? George Washington Carver, o negro que descobriu 300 usos para o amendoim

                             

 
George Washington Carver (1 ° de janeiro de 1864 a 5 de janeiro de 1943) foi um químico agrícola que descobriu 300 usos para o amendoim , bem como centenas de usos para soja, nozes e batata doce. Seu trabalho forneceu um impulso muito necessário para os agricultores do sul que se beneficiaram economicamente de suas receitas e melhorias em adesivos, graxa de eixo, alvejante, leitelho, molho de pimenta, briquetes de combustível, tinta, café instantâneo, linóleo, maionese, amaciante de carne, polidor de metal, papel , plástico, pavimento, creme de barbear, graxa para sapatos, borracha sintética, pó de talco e tinta para madeira.

Fatos rápidos: George Washington Carver

Conhecido por: Químico agrícola que descobriu 300 usos para o amendoim, bem como centenas de usos para outras culturas
Também conhecido como : The Plant Doctor, The Peanut Man
Nascido em 1º de janeiro de 1864 em Diamond, Missouri
Pais : Giles e Mary Carver
Morreu : 5 de janeiro de 1943 em Tuskegee, Alabama
Educação : Iowa State University (BA, 1894; MS, 1896)
Trabalhos publicados : Carver publicou 44 boletins agrícolas apresentando suas descobertas enquanto estava no Tuskegee Institute, bem como numerosos artigos em jornais da indústria de amendoim e uma coluna de jornal sindicalizada, "Conselho do Professor Carver".
Prêmios e homenagens : O Monumento George Washington Carver foi estabelecido em 1943 a oeste de Diamond, Missouri, na plantação onde Carver nasceu. Carver apareceu em selos postais comemorativos dos EUA em 1948 e 1998, bem como em uma moeda comemorativa de meio dólar cunhada entre 1951 e 1954, e muitas escolas levam seu nome, bem como duas embarcações militares dos Estados Unidos.
Citação notável : "Nenhum livro jamais entra em meu laboratório. O que devo fazer e o caminho são revelados a mim no momento em que sou inspirado a criar algo novo. Sem Deus para abrir a cortina, eu estaria desamparado. Somente sozinho posso me aproximar o suficiente de Deus para descobrir Seus segredos. "


Vida pregressa

Carver nasceu em 1º de janeiro de 1864 perto de Diamond Grove, Missouri, na fazenda de Moses Carver. Ele nasceu em tempos difíceis e mutáveis ​​perto do final da Guerra Civil. O bebê Carver e sua mãe foram sequestrados por Night-raiders Confederados e possivelmente enviados para Arkansas.

Moses encontrou e recuperou Carver depois da guerra, mas sua mãe havia desaparecido para sempre. A identidade do pai de Carver permanece desconhecida, embora ele acreditasse que seu pai era um homem escravizado de uma fazenda vizinha. Moses e sua esposa criaram Carver e seu irmão como seus próprios filhos. Foi na fazenda de Moisés que Carver se apaixonou pela natureza e coletou a sério todos os tipos de pedras e plantas, o que lhe valeu o apelido de "O Médico das Plantas".

Educação

Carver iniciou sua educação formal aos 12 anos, o que o obrigou a deixar a casa de seus pais adotivos. As escolas eram segregadas por raça naquela época e escolas para alunos negros não estavam disponíveis perto da casa de Carver. Ele se mudou para o condado de Newton, no sudoeste do Missouri, onde trabalhou como lavrador e estudou em uma escola de uma sala. Ele passou a frequentar a Minneapolis High School, no Kansas.

O ingresso na faculdade também foi uma luta por causa das barreiras raciais. Aos 30 anos, Carver foi aceito no Simpson College em Indianola, Iowa, onde foi o primeiro aluno negro. Carver estudou piano e artes, mas a faculdade não oferecia aulas de ciências. Com a intenção de seguir uma carreira científica, ele mais tarde se transferiu para o Iowa Agricultural College (agora Iowa State University) em 1891, onde se formou bacharel em ciências em 1894 e obteve o título de mestre em botânica bacteriana e agricultura em 1896.

Carver tornou-se membro do corpo docente da Faculdade de Agricultura e Mecânica do Estado de Iowa (ele foi o primeiro membro negro do corpo docente da faculdade de Iowa), onde deu aulas sobre conservação de solo e quimioterapia.

Instituto Tuskegee

Em 1897, Booker T. Washington , fundador do Instituto Tuskegee Normal e Industrial para Negros, convenceu Carver a vir para o sul e servir como diretor de agricultura da escola, onde permaneceu até sua morte em 1943. Em Tuskegee, Carver desenvolveu sua rotação de culturas método, que revolucionou a agricultura do sul. Ele educou os agricultores sobre métodos para alternar as safras de algodão, que esgotam o solo, com as que enriquecem o solo, como amendoim, ervilha, soja, batata-doce e nozes.

A economia da América era fortemente dependente da agricultura durante esta era, tornando as conquistas de Carver muito significativas. Décadas de cultivo apenas de algodão e tabaco haviam esgotado a região sul dos Estados Unidos. A economia da agricultura do Sul também foi devastada durante os anos da Guerra Civil e pelo fato de que as plantações de algodão e tabaco não podiam mais usar o trabalho roubado dos escravos. Carver convenceu os agricultores do sul a seguir suas sugestões e ajudou a região a se recuperar.

Carver também trabalhou no desenvolvimento de aplicações industriais de safras agrícolas. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele encontrou uma maneira de substituir as tintas têxteis anteriormente importadas da Europa. Ele produziu tintas de 500 tonalidades diferentes e foi o responsável pela invenção de um processo para a produção de tintas e pigmentos de soja. Para isso, ele recebeu três patentes separadas.

Anos posteriores e morte

Após encontrar a fama, Carver viajou pelo país para promover suas descobertas, bem como a importância da agricultura e da ciência em geral para o resto de sua vida. Ele também escreveu uma coluna para um jornal sindicado, "Conselhos do Professor Carver", explicando suas invenções e outros tópicos agrícolas. Em 1940, Carver doou as economias de sua vida para estabelecer a Carver Research Foundation em Tuskegee para continuar as pesquisas na agricultura.

Carver morreu em 5 de janeiro de 1943, aos 78 anos, após cair das escadas de sua casa. Ele foi enterrado ao lado de Booker T. Washington no terreno do Instituto Tuskegee.

Legado

Carver foi amplamente reconhecido por suas realizações e contribuições. Ele recebeu um doutorado honorário do Simpson College, nomeado membro honorário da Royal Society of Arts em Londres, Inglaterra, e recebeu a Medalha Spingarn concedida todos os anos pela National Association for the Advancement of Black People . Em 1939, ele recebeu a medalha Roosevelt por restaurar a agricultura do sul.

Em 14 de julho de 1943, o Monumento George Washington Carver foi estabelecido a oeste de Diamond, Missouri, na plantação onde Carver nasceu e viveu quando criança. O presidente Franklin Roosevelt forneceu US $ 30.000 para o complexo de 210 acres, que inclui uma estátua de Carver, bem como uma trilha natural, museu e cemitério. Além disso, Carver apareceu em selos postais comemorativos dos EUA em 1948 e 1998, bem como em uma moeda comemorativa de meio dólar cunhada entre 1951 e 1954. Muitas escolas levam seu nome, assim como dois navios militares dos Estados Unidos.

Os alunos estudam na George Washington Carver High School recém-inaugurada em Montgomery, Alabama, em 1949. Margaret Bourke-White / The LIFE Picture Collection / Getty Images

Carver não patenteou nem lucrou com a maioria de seus produtos. Ele deu livremente suas descobertas à humanidade. Seu trabalho transformou o Sul de uma terra de uma cultura só de algodão em uma região de fazendas com várias safras, com os agricultores tendo centenas de usos lucrativos para suas novas safras. Talvez o melhor resumo de seu legado seja o epitáfio que aparece em seu túmulo: "Ele poderia ter adicionado fortuna à fama, mas não se importando com nenhum dos dois, ele encontrou felicidade e honra em ser útil ao mundo."

Fontes

“ George Washington Carver. ” Biography.com , A&E Networks Television, 17 de abril de 2019.
“ Publicações de George Washington Carver do Boletim do Instituto Tuskegee, 1911-1943 3482. ” Publicações de George Washington Carver do Boletim do Instituto Tuskegee, 1911-1943.
“ Saiba mais sobre o parque. ” Serviço de Parques Nacionais , Departamento do Interior dos EUA.
Kettler, Sara. “ 7 fatos sobre George Washington Carver. ” Biography.com , A&E Networks Television, 12 de abril de 2016.