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quinta-feira, 16 de abril de 2020

Após fugir da escravidão, ela libertou outras 300 pessoas ao longo da vida

Nas imagens (da esquerda para a direita), a atriz Cynthia Erivo e Harriet Tubman.

POR Observatório do 3° Setor

Por: Isabela Alves
Araminta ‘Harriet’ Ross nasceu em Maryland, estado localizado nos Estados Unidos, por volta de 1822. Seus pais e Harriet eram escravizados, e ela começou a trabalhar aos 5 anos de idade. Era frequentemente maltratada e, aos 12 anos, já foi submetida a duras jornadas de trabalho no campo. 
Em 1849, prestes a completar 30 anos, ela fugiu para a Pensilvânia, o estado vizinho livre da escravidão. Não se sabe ao certo como conseguiu fugir, mas historiadores apontam que ela provavelmente usou uma via subterrânea secreta que escravizados e simpatizantes do abolicionismo conheciam.
Nesta época, ela mudou o seu nome para Harriet Tubman para esconder os registros de sua fuga. Depois ela se mudou para a Filadélfia e começou a trabalhar como doméstica. Foi nesta época em que começou a fazer amizade com abolicionistas. 
Em 1850, foi estabelecido o Ato dos Escravos Fugitivos, que dizia que caçadores da região poderiam levar os fugitivos aos seus donos. E que aqueles que ajudassem os fugitivos seriam severamente penalizados.
Mesmo nestas condições, ao longo de onze anos, Harriet realizou viagens em prol dos resgates. Entre aqueles que resgatou estavam seus familiares. Ela também passou a instruir os escravizados sobre como eles poderiam escapar. Estima-se que, ao todo, ela tenha resgatado 300 pessoas da escravidão.
Ela viajava durante o outono e inverno, épocas em que muitas pessoas estavam em casa, e se infiltrava nas plantações para salvar as pessoas. Os escravizados tinham folga aos domingos, então ela se planejava para que os resgates ocorressem aos sábados à noite. Assim, a falta deles só seria sentida na segunda de manhã. 
Posteriormente, ela se tornou a primeira mulher a liderar um ataque armado na Guerra Civil americana. Ela ajudou o Exército da União durante a guerra, trabalhando como espiã, entre outros papéis. Depois que a guerra acabou, ela se dedicou a ajudar ex-escravizados pobres e idosos.
Ela também se engajou na luta a favor do voto feminino e passou a frequentar reuniões organizadas por sufragistas. Nas reuniões, ela falava sobre como a sua história de vida era uma das razões por que as mulheres deviam ter os mesmos direitos que os homens. Ela morreu no dia 10 de março de 1913, aos 90 anos. 
Em homenagem à sua vida, em 2016, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos colocou a imagem de Tubman na nota de US$ 20. Em 2019, a Focus Featured produziu o filme ‘Harriet’, com Cynthia Erivo, Leslie Odom Jr. e Janelle Monáe no elenco. O filme foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Canção Original.  

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