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Em pleno século 21, a má nutrição prejudica profundamente o crescimento e o desenvolvimento das crianças. A menos que isso seja tratado, as crianças e as sociedades terão dificuldade em atingir seu pleno potencial. É o que diz o relatório ‘Situação Mundial da Infância 2019: crianças, alimentação e nutrição’, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
O relatório mostra que 340 milhões de crianças sofrem com a fome oculta – deficiência de vitaminas e minerais –, 149 milhões de crianças com menos de 5 anos têm déficit de crescimento e quase 50 milhões têm baixo peso por falta de alimentação.
No mundo, pelo menos 1 em cada 3 crianças menores de 5 anos não está crescendo bem devido à má nutrição em suas formas mais visíveis: desnutrição crônica e desnutrição aguda.
A desnutrição aguda (baixo peso para a altura) pode ser letal para as crianças, principalmente nas formas mais graves. Ao contrário do que se pensa, a maioria das crianças com baixo peso em todo o mundo vive na Ásia.
A fome oculta prejudica crianças e também mulheres. A deficiência de ferro reduz a capacidade das crianças de aprender e a anemia por deficiência de ferro aumenta o risco de morte das mulheres durante ou logo após o parto.
As famílias pobres tendem a selecionar alimentos de baixa qualidade que custam menos. Por causa da pobreza e da exclusão, as crianças mais desfavorecidas enfrentam o maior risco de todas as formas de desnutrição.
O relatório aponta também os extremos: milhões de crianças estão comendo muito pouco do que precisam e milhões estão comendo muito do que não precisam, e acabam ficando obesas.
O sobrepeso infantil pode levar ao aparecimento precoce de diabetes tipo 2, estigmatização e depressão, e é um forte indicador da obesidade adulta, com sérias consequências econômicas e de saúde.
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