PONTO DE CULTURA - TAMBORES DA RESISTÊNCIA

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Origem e história da quadrilha junina

 


A origem da quadrilha junina está relacionada à forma de dançar do country dance da Inglaterra, por volta do século XVIII.

Com a Guerra dos Cem Anos, essa maneira de dançar foi compartilhada na França, região da Normandia. Os franceses modificaram a expressão e criaram a dança palaciana, praticada pela nobreza da época.

Em seu princípio, a quadrilha surgiu de uma contradança organizada em duas filas, uma de frente à outra, com quatro ou oito casais. A forma dos participantes que se estabelecia no espaço era um quadrado, por isso o nome em francês, quadrilles.

A chegada da quadrilha ao Brasil ocorreu tanto por meio da vinda da Família Real Portuguesa, em 1808, quanto por escravizados europeus que vieram ao Brasil após a Lei Eusébio de Queirós. Os europeus trouxeram, por meio dos nobres ou dos escravizados, costumes e expressões que eram comuns por lá.

Salões da Corte nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro foram espaços que receberam as apresentações de quadrilha nesse período. Nessas ocasiões era comum a presença de Dom Pedro I. A apresentação pública da quadrilha nesses locais permitiu a popularização da dança entre as pessoas.

Com a Proclamação da República, a quadrilha passou a ser amplamente difundida nas regiões interioranas brasileiras.

Auguste de Saint-Hilare foi um dos estrangeiros que descreveram as Festas Juninas realizadas no interior brasileiro no século XIX.

A modernização brasileira, intensificada desde os anos 1950, provocou a migração das pessoas do campo às cidades. Nesse processo, a quadrilha junina passou a ser compartilhada nos centros urbanos enquanto uma manifestação de pessoas do campo, e não mais como uma dança palaciana.

Ao longo do tempo, a quadrilha sofreu transformações no ritmo e nas coreografias, deixando as características europeias. Assim, ritmos brasileiros, indígenas e afro-americanos foram incorporados na quadrilha, tais como o xaxado, a marcha, o galope, o baião e o coco.

A consolidação da quadrilha com elementos brasileiros ocorreu ao longo do século XX. A obra de Luiz Gonzaga, natural de Pernambuco, foi responsável por compartilhar o baião, e outros ritmos musicais nordestinos, bem como por fortalecer a identidade brasileira da quadrilha que é conhecida atualmente. Gonzaga lançou em 1965 o disco de vinil Quadrilhas e marchinhas juninas. O repertório musical da obra está intimamente relacionado às danças de quadrilha.

Entre as danças de matrizes culturais diferentes que influenciaram a quadrilha junina estão: toré (ameríndios), contradança (europeus) e ijexá/samba-afro (africanos).

Características da quadrilha

Entre os elementos que formam a quadrilha estão os passos, as roupas e a música. Veja sobre cada um deles a seguir.

→ Passos de quadrilha

Na quadrilha, a dança é seguida com base em um roteiro formado por um conjunto de passos que conduzem os movimentos que os participantes executam.

A apresentação da quadrilha está relacionada com a realização de um casamento. Essa cerimônia está associada ao santo casamenteiro, o Santo Antônio, homenageado na Festa Junina. Os noivos da quadrilha formam o primeiro casal da apresentação, isto é, eles determinam o rumo dos demais participantes em alguns momentos.

Veja, a seguir, os passos de quadrilha:

Caminho da festa: início da apresentação, os noivos entram na frente, em seguida os demais pares, de braços dados.

Caminho da roça: os pares se desfazem, ficando um atrás do outro, em uma única fila.

Cumprimento: damas e cavalheiros se separam, e um, de cada vez, cumprimenta seu par com uma flexão de tronco à frente.

Olha a chuva: os participantes mudam de direção (meia volta) e colocam a mão na cabeça.

Já passou: é falado após o “olha a chuva”, assim todos dão meia volta, mudando novamente de direção.

Damas ao centro: elas formam uma roda ao centro, enquanto os cavalheiros formam uma grande roda externa.

Coroa de rosas: passo feito após o “damas ao centro”. Os cavalheiros ficam de mãos dadas e se aproximam da roda das damas, erguem os braços como se fosse uma coroação. Após isso, eles abaixam os braços, passando-os à frente. Assim, todos entrelaçados podem girar em movimento à direita ou à esquerda.

Balancê: todos balançam os braços no ritmo da música.

Olha o túnel: damas e cavalheiros ficam um de frente para o outro e dão as mãos formando um túnel. Os noivos entram no túnel e os casais fazem o mesmo em sequência.

Olha a cobra: todos pulam, gritam e mudam de direção.

Caracol: todos formam uma grande roda. A noiva solta a mão do noivo e puxa os outros para dentro da roda

→ Roupas de quadrilha

As roupas de quadrilha fazem parte da realidade caipira ou matuta, ou seja, do vestuário de pessoas que vivem no campo ou que remetem à vida na zona rural.

Os homens costumam vestir camisas xadrez, utilizam chapéus de palha, e também desenham bigode e cavanhaque no rosto.

Já as mulheres usam vestidos coloridos, ficam de tranças ou de maria-chiquinha e fazem sardinhas no rosto.

É comum também pessoas do mesmo gênero dançarem como um par, entretanto, as características da vestimenta permanecem. Por exemplo, duas meninas dançando juntas, uma delas estará caracterizada de cavalheiro.

→ Músicas de quadrilha

As músicas de quadrilha pertencem ao repertório caipira e sertanejo. Os principais instrumentos utilizados são: sanfona, viola, violão, zabumba e triângulo. Entre os gêneros musicais presentes nas danças de quadrilha estão o forró e o baião.

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terça-feira, 18 de junho de 2024

Ponto de Cultura em Floresta vai inaugurar a primeira Sala de Cinema no bairro DNER


O Ponto de Cultura - Tambores da Resistência, em Floresta/PE, vai inaugurar ainda no próximo mês de julho de 2024, a primeira Sala de Cinema num bairro de periferia.

A Sala de Cinema que recebe o nome de CINE RAÍZES, funcionará no bairro Dner/São Francisco, no Espaço Cultural Arte e Vida, mesmo local da Sede do Ponto de Cultura - Tambores da Resistência, aonde já são realizadas diversas outras atividades culturais e educacionais.

As exibições terão uma programação a cada mês e será destinada ao público infantil, bem como a jovens e adultos.

O conteúdo das exibições terão sempre um perfil educacional e cultural, com produções históricos e atuais e, preferencialmente se dará destaque às produções nacionais.

De acordo com Libânio Francisco, Presidente do Instituto Cultural Raízes, "uma sala de cinema numa comunidade de periferia, é mais uma ação inovadora promovida pelo nosso Ponto de Cultura e, representa uma oportunidade de atividades de lazer, de cunho cultural e educativo para as diversas faixas etárias das pessoas que vivem na comunidade".

A data da estréia está confirmada para o dia 4 de julho de 2024 às 19:30h.

A primeira exibição será do Filme KIRIKOU E A FEITICEIRA, que conta a história de um menino guerreiro da África. A escolha do filme foi atendendo à pedido das próprias crianças que participam das atividades do Ponto de Cultura na Comunidade.

Essa primeira exibição está destinada ao público infantil e a entrada é inteiramente gratuita, mediante apresentação de convite que será entregue antecipadamente ao dia do filme.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

MinC disponibiliza minutas de editais para aplicação de recursos da PNAB


O Ministério da Cultura (MinC) disponibilizou, nesta semana, duas minutas de editais para a implementação da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Os documentos servem como modelos e podem ser utilizados pelos gestores e técnicos municipais, estaduais e distritais de cultura para garantir a execução dos recursos.

Um dos modelos atende ao formato de premiação para agentes culturais com recursos da PNAB. A sugestão é de um edital voltado ao reconhecimento de pessoas que tenham contribuição relevante ao desenvolvimento artístico ou cultural do território.

O outro modelo é de apoio direto a projetos, por meio de um edital para fomento à execução de ações culturais. A sugestão é para que os entes federativos selecionem projetos culturais para receber suporte financeiro, com o objetivo de incentivar as diversas formas de manifestações culturais do território.


A secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, lembra que essa é mais uma ação do MinC para contribuir com a execução dos programas de fomento à cultura.

“Sabemos que não basta repassar o dinheiro. Nossa gestão está comprometida em fazer com que os recursos cheguem a todos os territórios, garantir que as políticas públicas atendam as demandas específicas de cada cidade. Por isso, disponibilizamos esses modelos de editais, oferecendo ferramentas que fortalecem o sistema de cultura dos estados e dos municípios. Consequentemente, isso fortalece também o Sistema Nacional de Cultura”, explicou.

O diretor de Assistência Técnica a Estados, Distrito Federal e Municípios, Thiago Leandro, reforça que os modelos de editais foram pensados para facilitar o processo de aplicação dos recursos da PNAB nas cidades. “Muitos municípios têm dificuldade em desenvolver editais próprios. Esses modelos foram desenvolvidos observando toda a legislação específica da cultura, foram validados pela Advocacia-Geral da União, e isso dá bastante segurança jurídica aos gestores. Nosso compromisso é de prestar atendimento aos estados e municípios em todas as etapas do processo, desde a adesão, passando por esse momento da execução, e também na prestação de contas”, afirmou.

Orientações

As minutas estão disponíveis no formato editável. Os campos que estão em amarelo contém orientações para o ente federativo. Os campos em vermelho, que aparecem entre colchetes, devem ser preenchidos pelos gestores antes da publicação do edital, de acordo com as escolhas e especificidades de cada lugar.

As duas minutas foram elaboradas com base no Decreto 11.453/2023 e atestadas pela Consultoria Jurídica do Ministério da Cultura. Por isso, apesar de serem modelos abertos, eventual alteração pode implicar em irregularidades jurídicas no edital. A recomendação é que, uma vez finalizado o preenchimento, o gestor público encaminhe o documento ao setor jurídico local para análise e verificação de adequação formal da minuta de edital, nos termos do inciso III do art. 13 do Decreto nº 11.453/2023.

Importante lembrar ainda que as logomarcas da PNAB e do governo federal devem ser mantidas e cada ente federativo pode inserir as próprias marcas no cabeçalho e no rodapé do edital. No caso dos municípios, é preciso observar as vedações estabelecidas pela Lei de Eleições (Lei 9.504/1997) quanto ao uso da logomarca nos três meses que antecedem a disputa eleitoral.

Dúvidas

Mais informações sobre a execução de recursos e sobre as minutas de editais podem ser obtidas nos canais de atendimento da PNAB pelo e-mail pnab@cultura.gov.br e também na página oficial da Política. Clique aqui para acessar. No site também é possível agendar participação nos plantões tira-dúvidas, realizados no formato virtual, sempre às quartas-feiras, das 14h às 16h (horário de Brasília).

Sistemas Municipais de Cultura devem ser implantados até 11 de julho de 2024


O prazo para implantação dos Sistemas Municipais de Cultura, de acordo com a Lei Paulo Gustavo, encerra-se no dia 11 de julho de 2024. Municípios que não têm sistema de cultura poderão ter problemas no recebimento de recursos federais futuramente.

Desde abril de 2014, o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se tornou lei, oferecendo uma oportunidade única para defender as políticas culturais democráticas e diversificadas.

Conhecido como o “SUS da Cultura”, o SNC promove uma gestão conjunta e inclusiva das políticas públicas de cultura, envolvendo estados, municípios e sociedade. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento humano, social e econômico, garantindo o pleno exercício dos direitos culturais.

Para discutir e esclarecer este tema crucial, a SNC promoveu uma live (evento virtual) com especialistas ativos na implementação do SNC em níveis nacional, estadual e municipal. Assista à live, na íntegra, aqui.

Saiba mais sobre o Sistema Nacional de Cultura (SNC) aqui.

“O marco regulatório do fomento significa uma mudança de paradigma na produção cultural brasileira”, diz Margareth Menezes

Foto: Filipe Araújo/MinC

O plenário do Senado aprovou nesta terça (4) o Marco Regulatório do Fomento à Cultura. O Projeto de Lei nº 3.905 de 2021 recebeu voto favorável da ampla maioria dos senadores. O texto estabelece regras e instrumentos para a promoção da cultura no âmbito da administração pública da união, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. E segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou o que chamou de conquista para o setor cultural. “A partir de agora nós temos uma ferramenta que é aderente, que acompanha a execução dos projetos culturais, dando mais segurança, melhorando a vida de quem faz, de quem administra e de quem fiscaliza a cultura. É uma grande conquista que vem sendo pleiteada ao longo de anos. Isso significa uma mudança de paradigma para a produção cultural brasileira”, avaliou.

A ministra também lembrou do empenho de parlamentares, da sociedade civil e de todo o setor cultural, que se mobilizaram para garantir a aprovação de um marco regulatório próprio para a cultura.

“Agradeço a todos, ao Congresso Nacional, aos deputados e deputadas, aos senadores e senadoras, e também à sociedade civil e ao setor cultural, que tanto batalharam por essa conquista. Isso é importantíssimo! Vamos celebrar, é uma grande virada no acontecimento da cultura do Brasil!”, comemorou a ministra.

A secretária de Comitês de Cultura, Roberta Martins, destacou a redução da burocracia e simplificação de alguns processos que são definidos no texto aprovado. Para ela, isso vai garantir que mais pessoas tenham acesso às políticas de cultura.

“Essa aprovação se soma aos esforços do Congresso Nacional e do Ministério da Cultura para eliminar entraves e burocracias excessivas da vida e da rotina dos agentes culturais. Ter um regime próprio da cultura vai, finalmente, nos ajudar a realizar ações a partir da realidade das gestões culturais, que podem ser populares e também complexas. Retirar os obstáculos é diminuir as desigualdades do acesso às políticas culturais. É uma nova era para nós”, avaliou.

Caminho legislativo

O Projeto de Lei do Marco Regulatório do Fomento à Cultura foi criado na Câmara dos Deputados, em 2021, pela deputada Áurea Carolina. O texto responde ao inciso IX do art. 24 da Constituição Federal, que estabelece como obrigação da união, dos estados e do Distrito Federal legislar sobre cultura.

No Senado, passou pela Comissão de Educação e Cultura, sob relatoria da senadora Teresa Leitão, onde foi aprovado por unanimidade no dia 21 de maio de 2024. Com o parecer favorável da comissão, o texto foi aprovado em votação simbólica no plenário da Casa. Teresa Leitão fez questão de destacar a importância do projeto.

“Agora vamos ter de fato o fomento acessível para toda cadeia da cultura. Não só o MinC voltou, como também as condições de fazer cultura nesse rico país, de tanta diversidade cultural. Muito obrigada a todos que votaram conosco”, agradeceu.

Entre as mudanças, o projeto retira a Lei 14.133, de 2021 (Nova Lei de Licitações) do setor de cultura, permitindo que a união execute as políticas públicas para o setor cultural por meio de regimes próprios. O marco de fomento à cultura também permite que Distrito Federal, estados e municípios possam implementar suas políticas de forma autônoma, o que respeita as especificidades de cada território.

Além disso, o texto cria mecanismos para captar recursos privados sem incentivo fiscal, visando fortalecer o financiamento da cultura e permite que o agente cultural já apoiado por uma política pública de fomento busque recursos privados por diversas estratégias, como venda de ingressos ou campanha de financiamento coletivo, por exemplo.

Ministra Margareth Menezes lança campanha de celebração dos 20 anos da Cultura Viva

Foto: Filipe Araújo/ MinC

Com representantes de Pontos e Pontões de Cultura de norte a sul do Brasil, a ministra Margareth Menezes lançou, nesta segunda-feira (3), em Brasília, a campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil, que celebra o aniversário de 20 anos da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), considerada uma das principais iniciativas de reconhecimento, valorização e fomento das ações realizadas pelos coletivos e entidades culturais espalhados pelo país. Também convidou a sociedade civil, o parlamento e os gestores culturais dos entes federados a comporem o calendário nacional de celebração, compartilhando com o MinC as atividades programadas para julho - mês que concentra as datas de constituição e institucionalização da PNCV. 

O lançamento da campanha ocorreu durante o 1º Seminário de Pontões de Cultura - Política de Base Comunitária Reconstruindo o Brasil, evento que reuniu os 42 Pontões selecionados no edital lançado pelo MinC para fortalecer a rede Cultura Viva.

“Há 20 anos nascia a Política Nacional Cultura Viva, a maior política cultural de base comunitária, que surgiu de um encontro de Pontões de Cultura, no governo do presidente Lula. Nosso presidente não falha em demonstrar seu apreço e sua compreensão em relação à força da nossa cultura popular. É na cultura que reside a alma do povo brasileiro”, lembrou Margareth. A ministra ressaltou, ainda, a potência da PNCV em fortalecer a cultura nos territórios e a pluralidade das expressões culturais do povo brasileiro, além de contribuir para a garantia dos direitos culturais da população. “É uma política que vem, na prática, há exatos 20 anos, direcionando e inspirando a todos nós, que entendemos o valor e a dimensão que a cultura ocupa na construção da sociedade brasileira. Ela nos leva a essa celebração tão simbólica e importante”, completou.

Foto: Filipe Araújo/ MinC

A campanha Julho Cultura Viva Pelo Brasil é o marco das celebrações dos 20 anos que vão se estender até julho de 2025, quando está prevista a realização da 6ª Teia Nacional - maior encontro de todos os atores envolvidos na implementação da PNCV nos territórios. Durante este período, o MinC programou uma série de ações organizadas em quatro eixos: memória (lembrar o caminho percorrido), reflexão (debater as conquistas e desafios dessa política), futuro (o que se espera para os próximos 20 anos) e celebração (eventos festivos), como explicou secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, ao apresentar as ações e a identidade visual da campanha.

“Esse é o momento de olhar a memória desses 20 anos; de reflexão sobre o que temos para melhorar; de celebrar porque a Cultura Viva celebra, antes de tudo, um fazer cultural; e a Cultura Viva como uma política de esperança, que fala e olha os ponteiros de cultura como importantes, potentes e a maior rede de educação popular do Brasil”, detalhou.

Ao participar do lançamento, o secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa, lembrou que a Cultura Viva passa hoje por um momento importante, com a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e a disponibilização anual de cerca de R$ 400 milhões da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) para fomentar a Cultura Viva nos municípios, nos estados e no Distrito Federal.

“Pela primeira vez, temos a garantia de recursos para os Pontos de Cultura, uma vitória conquistada por toda a sociedade. Isso permitirá que os pontos consigam ter a previsibilidade de acesso aos recursos e que vão permitir que a gente consolide a Política Cultura Viva como essa política de ponta e de território, que é tão importante nesse momento que o país está vivendo, de consolidação da democracia, de consolidação das políticas de direitos humanos e da consolidação da cultura como um direito social inalienável. Os Pontos de Cultura têm papel estratégico na defesa da política cultural para que ninguém nunca mais ouse acabar com o Ministério da Cultura e com as políticas culturais, que são importantes não apenas no aspecto simbólico e de consolidação das nossas identidades, mas, também, como um grande vetor de desenvolvimento nas regiões”, afirmou.

Identidade visual da campanha Cultura Viva 20 anos

Para receber as contribuições dos grupos e entidades culturais espalhados pelo país, será disponibilizado na sexta-feira (7/6) um formulário de inscrições das atividades que serão realizadas em julho. O período de cadastramento das agendas seguirá até 30 de junho. Em relação ao tipo de atividade, a campanha traz o mote Celebre os 20 anos da Cultura Viva com o que você faz, propondo que os grupos e entidades culturais façam celebrações dentro da sua realidade de atuação. Como sugestões podem ser feitas oficinas, espetáculos, seminários, mutirões, intervenções, aulas, rodas de conversa e de leitura e exposições, por exemplo.

“Vamos celebrar em cada território, comunidade, Ponto de Cultura, estado, município para que a gente possa marcar na base comunitária os 20 anos da PNCV. Essa campanha foi feita em conjunto com a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e ela só vai acontecer se a rede dos Pontos de Cultura protagonizar e construir esse processo”, convidou o diretor da Cultura Viva, João Pontes.

O sistema MinC também foi representado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues dos Santos; a presidenta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro; e as secretárias do Audiovisual (SAV), Joelma Gonzaga; e dos Comitês de Cultura (SCC), Roberta Martins, entre outros servidores.

Em nome da Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC), Dilma Negreiros, fez a leitura de uma carta redigida pelo colegiado. O documento destacou: “É preciso propagar, viralizar o conceito de Cultura Viva para que a gestão pública, em todas as suas esferas, reconheça em cada Ponto e Pontão de Cultura a ferramenta de garantia de acesso ao direito à cultura, que movimenta milhões e transforma a sociedade, liberta o pensamento e protagoniza o invisível e o indizível. Na pluralidade do Cultura Viva, os fazedores de Cultura Viva precisam se reconhecer e transformar esse programa numa ferramenta de verdade de gestão compartilhada, para implementar não só a Lei Paulo Gustavo e a Política Aldir Blanc, mas o próprio Sistema Nacional de Cultura. Somos protagonistas dessa história e acreditamos na força da cultura dessa nação”, destacou Dilma, na leitura da carta elaborada pela sociedade civil.

Os Pontões de Cultura foram representados por Aline Cantia, do Pontão Livro Leitura e Literatura (região Sudeste); Alice Monteiro, do Pontão Paraíba (região Nordeste); Catarina Melo dos Prazeres, do Pontão de gênero, diversidade e direitos humanos (região Centro-Oeste); José Maria dos Reis, Pontão do Pará (região Norte); e Suzana Belford, do Pontão Culturas Indígenas e Mãe Terra (região Sul).

terça-feira, 4 de junho de 2024

Mirandiba no Sertão de Pernambuco dá início as Escutas da PNAB de Fomento à Cultura


No dia 29/05/2024, a Prefeitura Municipal de Mirandiba/PE, realizou a primeira Escuta Geral para elaboração do PAAR – Plano Anual de Aplicação dos Recursos, da PNAB – Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. 

Representando a Gestão Municipal, estiveram presentes o Chefe de Gabinete do Prefeito, o Sr. Isaac Anderson de Carvalho Oliveira e o Diretor de Cultura, Sr. Cícero Anael Alves da Silva, os quais reiteraram o compromisso da gestão municipal em fazer acontecer a PNAB em Mirandiba.

Da sociedade civil, estiveram presentes um total de 20 (vinte) pessoas  representando os seguimentos culturais de: dança, teatro, comunicação, música, cordel/literatura; de grupos e instituições culturais estiveram presentes: Grupo Zumbi de Dança Afro e Percussão, Centro de Cultura e Cidadania Zumbi dos Palmares / Ponto de Cultura e a Associação dos Vaqueiros e aboiadores. Também estiveram representadas a Articulação Social das Comunidades Quilombolas de Mirandiba (ASCQUIMI), a Associação Quilombola Pedra de Amolar e, as Comunidades/Associação Indígenas Atikum de Croatá e Tamboril.

A Consultoria foi realizada pelo Instituto Cultural Raízes, que compartilhou a informação de que o Ministério da Cultura publicou decreto de prorrogação do prazo para a elaboração do PAAR, para até o dia 31/07/2024, o que permitirá realizar um processo mais detalhado e amplo.

Confira a seguir a Ata da Escuta, o Cronograma de Trabalho e o registro fotográfico.

ATA DA ESCUTA

LISTA DE PRESENÇA
CRONOGRAMA DE TRABALHO


REGISTRO FOTOGRÁFICO














domingo, 2 de junho de 2024

Ponto de Cultura - Tambores da Resistência, apresenta nova Coordenação



O Ponto de Cultura - Tambores da Resistência, apresenta a nova Coordenação Municipal, responsável pelo desenvolvimento das atividades do Espaço Cultural - Mestre Elias de Flora, na Comunidade do Vulcão e, no Espaço Cultural Arte e Vida, na comunidade do DNER/São Francisco, ambos na periferia de Floresta/PE.

A nova coordenação é resultado da parceria do Instituto Cultural Raízes com o Grupo Afro Cultural Maracatu Afrobatuque e a Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú.

A gestão dos Espaços Culturais Elias de Flora e Arte e Vida é fruto dessa parceria e se concentra nas duas Comunidades da periferia urbana da cidade.

A Comunidade do Vulcão, ponto inicial do trabalho do Instituto Cultural Raízes é a Comunidade de periferia urbana que reúne a maior quantidade de remanescentes de quilombolas, ligados à Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú.

Já a Comunidade do DNER/São Francisco, é a maior comunidade de periferia de Floresta, aonde são desenvolvidas ações do Instituto Cultural Raízes e parceiros, desde o segundo semestre de 2018.

A Coordenação ficou composta da seguinte forma:

- Libânio Francisco
Mestre de Cultura Popular, Arte Educador, Comunicador Social, Escritor, Pesquisador e Educador Popular
Representação: Presidente do Instituto Cultural Raízes
Josefa Guiomar (Zefinha Quilombola)
Quilombola, Guardiã de Tradições Quilombolas, Artesã e Rainha do Maracatu Afrobatuque
Representação: Presidente do Grupo Afro Cultural Maracatu Afrobatuque

Igor Roam
Arte Educador e Professor
Representação: Coordenação do Coletivo Consciência Negra

Maiane Cristina
Arte Educadora de Danças Populares e Batuqueira do Maracatu Afrobatuque
Representação: Grupo Cultural Samba de Jurema

Ana Beatriz
Arte Educadora e Batuqueira do Maracatu Afrobatuque
Representação: Grupo Cultural Afoxé Filhos de N'Zambi

Andreina Kallylp
Arte Educadora de Percussão e Estética Afro
Representação: Espaço Cultural Mestre Elias de Flora

Jhuly Waleska
Arte Educadora e Batuqueira do Maracatu Afrobatuque
Representação: Grupo Cultural Sou da Terra

- Andhara Karoline:
Arte Educadora de Percussão e Artesanato
Representação: Espaço Cultural Arte e Vida

Laise Vitória
Arte Educadora de Percussão e Danças Populares
Representação: Grupo Cultural Dandara/Afro Mulher

Skarlety Karolayne (Karol)
Arte Educadora e Batuqueira do Maracatu Afrobatuque
Representação: Grupo Cultural Axé de Ilê