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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Ponto de Cultura em Floresta lança programação para a Comunidade do Vulcão


O Ponto de Cultura Tambores da Resistência, apresenta a nova programação de oficinas para a Comunidade do Vulcão e demais pessoas interessadas.

Na nova programação, estão previstas as seguintes atividades:
- Aulas de Violão
- Aulas de Flauta Doce
- Oficinas de Maracatu de Baque Virado
- Oficinas de Samba Reggae
- Oficinas de Afoxé
- Oficinas de Coco
- Oficinas de Danças Populares e Tradicionais
- Oficinas de Audiovisual.

O público a ser atendido é prioritariamente a Comunidade do Escondidinho/Vulcão na periferia de Floresta, más está aberto para demais interessados(as) das localidades próximas, que tenham interesse em participar.

As inscrições estão abertas durante toda essa semana e  a partir do dia 1 de maio de 2024, já começam as atividades dentro da programação.

O Ponto de Cultura Tambores da Resistência é a principal ação desenvolvida pelo Instituto Cultural Raízes, em parceria com o Grupo Afro Cultural Maracatu Afrobatuque e a Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú.

domingo, 21 de abril de 2024

Saiba tudo sobre a PNAB - Politica Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura


A Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), instituída pela Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022, tem como objetivo fomentar a cultura em todos os estados, municípios e Distrito Federal.

Com recursos previstos até 2027, a PNAB é uma oportunidade histórica de estruturar o sistema federativo de financiamento à cultura, mediante repasses da União aos demais entes federativos de forma continuada. Fomento que será repassado a ações culturais por meio de editais para trabalhadores e trabalhadoras da área cultural.

PARA SABER TUDO SOBRE A PNAB, ACESSE AS INFORMAÇÕES NOS LINKS A SEGUIR:


TV Raízes da Cultura faz homenagem aos Povos Indígenas pelo 19 de abril


A TV Raízes da Cultura, faz homenagem especial a todos os Povos Indígenas do Brasil e especialmente de Pernambuco, por ocasião do 19 de abril DIA DOS POVOS INDÍGENAS.

Por toda a história e pelas lutas de resistência !

Assistam os vídeos disponíveis na TV Raízes da Cultura, acessando abaixo:




sábado, 20 de abril de 2024

Raízes Indígenas de Floresta/PE

 

Índios Tapuias (imagem da internert)

O município de Floresta, possui uma história original a partir dos povos indígenas que habitavam a região do Rio Pajeú e seu entorno, denominados de forma generalizada como Tapuias / Tapuios ou Tapuias-Kariris. Os quais também habitavam largas porções do agreste e outras localidades do sertão.

Posteriormente outras tribos vieram para o sertão fugindo do litoral, sobretudo os Kariris, ameaçados pelos colonizadores que escravizava-os ou simplesmente matava-os.

No sertão estavam principalmente os nativos que falavam uma língua, segundo os Tupis, muito diferente da deles e por isso denominaram-lhe de Tapuia, nome ofensivo que significa língua travada, bárbaro. O termo passou a ser usado pelos portugueses.

Das tribos chamadas de Tapuias na região, pelo que se tem notícias, através de documentos, relatórios e crônicas da época colonial incluem-se os Umãs, Vouves, Xocó, Kariri, Pankarurú, Periá, Tuxá, Pipipã, Proká e Quesque, entre outros, conforme ilustrado no mapa a seguir, produzido pelo antropólogo e etnólogo *Curt Nimuendajú.

Mapa destacando as tribos indígenas na área do Rio Pajeú e seu entorno

Os Tapuias viviam como semi-nômades e tinham formas próprias de guerrear com tacape e lança.

Tinham o milho e o feijão como cultivos principais.

Usavam pouca cerâmica e não teciam; dormiam em estrados de madeira (jiraus).

Havia agrupamentos ou tribos na margem do rio que podia ter até mil moradores.

O índio (ou nativo) sofreu perseguição desde o início da colonização e teve no século XVIII seu extermínio quase total, através das bandeiras montadas para sua captura.

Os índios do sertão sofreram guerras por defenderem as suas terras ou por pretenderem desfrutar os gados das fazendas que se espalhavam por seu território.

Os que não foram mortos ou escravizados refugiaram-se em aldeias dirigidas por missionários, chamadas de MISSÕES. Outros ainda procuraram amparo com "homens poderosos" (fazendeiros, políticos e coronéis) servindo-lhes, como vaqueiros e também como jagunços.

O indígena trabalhava forçado nas Missões, ou como escravo nas fazendas de gado e plantações. Também nas casas como domésticos ou no trabalho de transporte.

O índio também foi cruelmente utilizado para guerrear contra outros nativos.

No final do século XVIII as chamadas “Guerras dos Bárbaros” praticamente exterminaram na bala e no facão as nações indígenas que resistiam contra os invasores brancos. Do baixo sertão até a cabeça do Pajeú, nos limites com a Paraíba, os índios foram caçados e massacrados.

Com base em pesquisas nos livros de batismo e casamento das paróquias do sertão pernambucano, no final do século XVIII e no século XIX, os índios nativos (registrados em geral como “da silva”) que sobreviveram já aparecem miscigenados com negros e brancos e constituem a massa da população brasileira dos sertões, conhecida como os pardos ou caboclos.

A história conta da agressividade com que eram tratados os índios em sua captura

É comum, ainda hoje, encontrar relatos de várias pessoas, descendentes de indígenas, que contam "minha bisavó, foi apanhada a dente de cachorro".

Um exemplo claro de como eram desumanamente tratados os índios (povos originários) que habitavam a região.


Alianças e Resistências

Não há como negar que mesmo em processo de colonização e ocupação, várias denominações e ou agrupamentos indígenas se tornaram aliados dos opressores e utilizados inclusive, nos conflitos praticados com as tribos que se rebelaram.

Os que travaram as lutas de resistência eram chamados de "índios brabos" ou "bárbaros", quando não eram chamados de selvagens.

Dentre as tribos que mais resistiram, estão os Tapuias Kariris.



O Rio Pajeú

O nome do Rio Pajeú originou-se do vocabulário indígena que segundo Nelson Barbalho (v. 9, 1983, p. 134) significava "o rio do feiticeiro, do adivinho". O rio nasce no município de Brejinho ao Norte de Pernambuco desaguando no Rio São Francisco formando a Bacia do Vale do Pajeú.

Outros registros dão conta de que a origem do nome, o qual era chamado pelos índios de “Payaú”, ou “rio do pajé”.

O apagamento histórico

Primeiro vieram as invasões dos colonizadores que trataram os povos originários como animais ou até mesmo coisa pior, caçando-os e perseguindo-os com o intuito de escravizar e dominar. Essas atitudes buscavam descaracterizar ou desconhecer a civilização existente nos agrupamentos indígenas, seu modo de vida, sua cultura e sua espiritualidade.

Em segundo, juntamente com os colonizadores veio a Igreja Católica com suas "Missões" catequizadoras e a constituição dos aldeamentos, o que no final das contas tinha o mesmo objetivo de escravizar e dominar os povos originários locais. As próprias missões perseguiam e demonizavam as tradições originárias dos povos, insistindo na negação de suas crenças e de seus modos de vida tradicionais.

Em terceiro, vem a diluição etnica dos povos indígenas já mesmo nas missões e, quando da extinção das mesmas, aonde os seguimentos detentores do poder se encarregaram de declarar a não existência dos indígenas na região, para possibilitar o controle sobre as terras e causar o  apagamento da presença indígena na história social local e regional.

É comum na história formal e/ou oficial dos municípios da região, mesmo os que cujos nomes provem da origem indígena, resumirem essa presença indígena apenas à menção de que as terras "eram ocupadas por tribos indígenas", isso quando não omitem por completo, a presença indígena.


O ressurgimento indígena

Destacamos em primeiro lugar, que a abordagem do tema "ressurgimento indígena" não quer dizer que significa que os povos indígenas tenham realmente sido extintos, como assim publicaram os setores dominantes e opressores nos finais do século XIX.

Mesmo apagados, chamados de mestiços, caboclos, cabras e pardos e, tendo que se deslocarem de uma região para outra em busca de sobrevivência, vários descendentes das tribos indígenas originárias, mantiveram suas tradições, ainda que escondidas, longe dos olhares opressores e, foram capazes de preservar as bases necessárias para os reconhecimentos étnicos que se deram a partir dos anos de 1940 aos dias de hoje.

Referências Indígenas atuais de Floresta/PE

Para pensar e conhecer as referências indígenas atuais em Floresta/PE, se faz necessário ter uma dimensão mais ampla, considerando as influências e os processos de resistência que se deram nos deslocamentos e nos ajuntamentos nas Serras Negra, Umãs, Arapuá e Tacaratu, além de outras localidades que foram espaços territoriais de resistência humana e ancestral.

Também se faz necessário compreender que esse processo de resistência se faz na mistura ou mesclagem com os negros e negras, muitos hoje reconhecidos como remanescentes de quilombolas, produzindo uma reinvenção étnica e tradicional, visivelmente presente nas etnias Atikum, Pankararú e Pankará, no entorno de Floresta e, na Etnia Pipipã localizada no território local da Serra Negra.

MAPA DA ÁREA RURAL DE FLORESTA

Tradições e Referências Culturais e Históricas de Floresta/PE de origem Indígena

Destacamos a seguir algumas das muitas referências e tradições culturais e históricas que marcam a presença indígena na história de Floresta/PE.

Importante destacar de forma prévia que o desenvolvimento econômico, arquitetônico e da estrutura social, não seria possível ter existido, sem a mão de obra indígena e negra, quer seja escrava, quer seja subordinada ou assalariada.

Tradições Culturais

Banda de Pífano


A Banda de Pífanos é uma das criações indígenas juntamente com o povo negro, tendo se tornado uma das referências mais importantes da cultura popular e tradicional de Floresta, tendo no Mestre Elias de Flora seu personagem principal.

Na foto em destaque a Banda de Pífanos acompanha o cortejo da Confraria do Rosário dos Pretos. 

Dança do São Gonçalo


A Dança de São Gonçalo é uma das mais antigas tradições populares de Floresta e região, que mistura devoção com cultura popular.

Não é de origem indígena ou negra e sim de Portugal, más foi absorvida pelas comunidades populares, especialmente compostas por remanescentes indígenas e negros, portanto, podendo ser considerada uma manifestação popular com raízes indígenas.

Na foto em destaque, o Grupo de São Gonçalo da Comunidade Malhada Vermelha, tendo a frente o Mestre Antonio Etelvino.

Referências Históricas

Inscrições rupestres na Fazenda Mãe D'água


Nas inscrições rupestres localizadas em formações rochosas da Fazenda Mãe D'água, uma comprovação muito importante da passagem dos povos indígenas pela região, em tempos passados. 

Vista da Serra Negra


Vista da Serra Negra, um dos mais importantes referenciais naturais e históricos, que foi o último reduto de resistência dos povos indígenas e negros contra a opressão colonizadora. Hoje, Território que acomoda duas Etnias Indígenas, o Povo Pipipã pela parte de Floresta e o Povo Kambiwá, pela parte de Ibimirim.

Outros aspectos históricos muito importantes se somam na caracterização da influência indígena na construção social e humana de Floresta-PE e seu entorno.

Varias expressões da culinária local, no artesanato em palha (especialmente o Caroá) nomes de localidades e plantas carregam a participação dos povos originários.

No mapa da área rural de Floresta (acima) encontram-se diversos nomes de propriedades os quais tem origem indígena.

Também em relação à tradição de rezadores(as), benzedeiras, parteiras e o uso das ervas sagradas, tem traços fortes dos costumes indígenas, somados à contribuição dos(as) africanos(as) trazidos para serem escravizados.

CRÉDITOS:
- Pesquisa, Texto e Redação: Libânio Francisco
- Fotos: Colhidas na Internet
- Foto da Dança do São Gonçalo: Libânio Francisco / TV Raízes da Cultura

Obs.: O presente texto e conteúdo faz parte do Documentário que está sendo produzido pelo Instituto Cultural Raízes, com patrocínio da Lei Paulo Gustavo, cujo título é: RAÍZES AFRICANAS E INDÍGENAS NA FORMAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE FLORESTA.

Curt Nimuendajú - Kurt Unckel (1883-1945) nasceu na cidade alemã de Jena e tornou-se etnólogo a partir da experiência de contato e de pesquisa com povos indígenas no Brasil. Recebeu a alcunha de Nimuendajú (o que fez seu assento, o que se estabeleceu, conforme tradução livre do linguista Aryon Rodrigues) pelos guaranis do oeste paulistano, por volta do ano de 1905. Naturalizou-se brasileiro em 1920, adotando oficialmente o nome a ele dado pelos indígenas. Foi um dos principais pesquisadores da diversidade social e cultural da Amazônia. Além de uma vasta obra intelectual, também produziu três versões do Mapa por encomenda das instituições de pesquisa Smithsonian Institution, Museu Paraense Emílio Goeldi e Museu Nacional do Rio de Janeiro. 

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Semana dos Povos Indígenas de Floresta, uma Lei que ainda precisa ser colocada em prática


O Município de Floresta/PE é pioneiro em várias leis culturais. Uma dessas é a Lei nº 477/2012, promulgada em 13 de abril de 2012, tendo completado exatos 12 anos.

A Lei cria a Semana dos Povos Indígenas, a ser realizada anualmente, no âmbito do Município de Floresta, na semana em que estiver inserido o dia 19 de abril e, acrescenta que essa semana passará a constar do Calendário Oficial de datas e eventos culturais do Município de Floresta – PE.

Como surgiu a Lei 477/2012

O surgimento da Lei 477/2012, se deu a partir da iniciativa do Instituto Cultural Raízes, no sentido de contribuir para a construção de um Calendário Cultural de Floresta que leve em conta os aspectos históricos e tradicionais e, após iniciativa anterior que resultou na Lei da Semana da Consciência Negra.

O Instituto Cultural Raízes elaborou o Projeto de Lei e apresentou ao Executivo Municipal, o qual encaminhou à Câmara Municipal. que aprovou a proposta por unanimidade no dia 10/04/2012, sendo então sancionada e publicada pela Prefeitura em 13/10/2012.

Objetivos da Lei 477/2012

O objetivo principal da Lei é dar visibilidade ampla as origens históricas dos povos indiígenas de Floresta e sua partiicipação direta no processo de construção social e cultural, destacando inclusive sua realidade atual.

O texto da Lei diz que: Serão promovidas nesta semana pelo Poder Executivo Municipal, em parceria com as entidades representativas e junto às instâncias governamentais e não-governamentais, as seguintes atividades:
A - Seminários;
B - Feiras Temáticas;
C - Palestras em escolas;
D - Atividades nas comunidades indígenas;
E - Campanhas solidárias;
F - Atividades Culturais e esportivas;
G - Manifestações públicas.

Destaca ainda que: O Poder Executivo juntamente com as comunidades indígenas e suas organizações serão responsáveis pela elaboração e execução do calendário de programação da semana, sempre visando a valorização da cultura dos povos indígenas no município e a reafirmação de suas identidades e alteridades.

O calendário será elaborado pelo Poder Executivo, através de suas secretarias e órgãos responsáveis.

Num prazo de quarenta dias que antecede a realização da semana, o Poder Executivo deverá apresentar o calendário de atividades para as instituições representantes dos povos indígenas.

23/05/2017 - Seminário dos Povos Tradicionais - Floresta/PE

Uma Lei que precisa ser implementada

Na opinião de Libânio Francisco, Presidente do Instituto Cultural Raízes, "a Lei 477/2012, precisa ser implementada na prática, não apenas como calendário cultural, más principalmente no ambiente escolar, proporcionando a compreensão histórica e atual da importância e do papel dos povos indígenas, na construção social, humana e cultural da sociedade florestana e região".

Sintonia com a Lei Federal 11.645

A Lei 477/2012, também está em sintonia com a Lei Federal nº 11.645, de 10 de março de 2008, que estabelece a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados.

LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.


Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o  O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 26-A.  Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

§ 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o  Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)

Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília,  10  de  março  de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad


Espaço Cultural Mestre Elias de Flora, aberto ao público no Vulcão


O Ponto de Cultura Tambores da Resistência reiniciou no domingo dia 14 de abril de 2024, as atividades pemanentes na Comunidade do bairro Escondidinho/Vulcão em Floresta/PE.

Depois de 4 anos em que a pandemia de Covid-19 e as dificuldades financeiras obrigaram o Instituto Cultural Raízes a diminuir suas atividades no Vulcão, foi possível agora em 2024 retornar com as ações na Comunidade.

Um pouco da história

O Espaço Cultural Elias de Flora, foi criado no dia 21 de novembro de 2015, sendo uma iniciativa do Instituto Cultural Raízes em parceria com o Instituto da Juventude e, como espaço central do desenvolvimento das atividades do Projeto Afrobatuque, o atual Ponto de Cultura Tambores da Resistência, na Comunidade do Vulcão.

Inicialmente um conjunto de ações foram desenvovlidades nas áreas da cultura, dos esportes e do lazer organizado, atendendo há mais de 120 (cento e vinte) crianças, adolescentes e jovens da comunidade e de outras localizades vizinhas.

As ações compreendiam oficinas de percussão, danças, artesanato, pintura em tela, cine clube, audiovisual e ensaios dos grupos culturais, além de uma escolinha de futsal e aulas de handebol e vôlei.

O Mestre Elias de Flora

Elias Manoel dos Santos, popularmente conhecido como Elias de Flora (por causa do nome de sua mãe Flora Maria de Jesus), era em sua essência Mestre de Pífano, comandando a Banda de Pífanos de Floresta, tradicional grupo que acompanhava inclusive a Celebração da Confraria do Rosário, entre outras festividades, à exemplo de novenas, além de animar o carnaval florestano por volta dos anos 1930 a 1950, de acorod com informações dos familiares.

O Mestre Elias de Flora também passou seus conhecimentos para seu filho, popularmente conhecido como Liinha.

Objetivos do Ponto de Cultura Tambores da Resistência

O Ponto de Cultura Tambores da Resistência, tem como objetivos os critérios definidos pela Política Nacional de Cultura Viva e, estão definidos da seguinte forma:

a) potencializar iniciativas culturais desenvolvidas nas comunidades, grupos e coletivos parceiros;
b) promover, ampliar e garantir a criação e a produção artística e cultural de Floresta/PE e região;
c) incentivar a preservação da cultura brasileira;
d) estimular a utilização de espaços públicos e privados que possam ser disponibilizados para a ação cultural;
e) aumentar a visibilidade das diversas iniciativas culturais;
f) promover a diversidade cultural brasileira, garantindo diálogos interculturais;
g) garantir acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural;
h) assegurar a inclusão cultural da população negra, indígena e periférica;
i) contribuir para o fortalecimento da autonomia social das comunidades;
j) promover o intercâmbio entre diferentes segmentos da comunidade;
k) estimular a articulação das redes sociais e culturais e dessas com a educação;
l) adotar princípios de gestão compartilhada entre atores culturais não governamentais e o Estado;
m) fomentar as economias solidária e criativa;
n) proteger o patrimônio cultural material e imaterial;
o) apoiar e incentivar manifestações culturais populares e tradicionais.


Ações atuais

As ações a serem desenvolvidas já a partir desse mês de abril de 2024, são oficinas percussivas de Maracatu, Afoxé, Coco e Samba Reggae; oficinas danças populares e tradicionais, de artesanato, pintura em tela e estética afro. 

Também são desenvolvidas atividades que proporcionam a reflexão sobre  comportamento social, respeito, convivência fraterna, a importância das relações positivas na familiar e na comunidade, além do respeito às diferenças e a importância dos estudos como forma de construir um futuro melhor.

Parceria com as Comunidades Quilombolas de Floresta

O Espaço Cultural Mestre Elias de Flora, é também um local de apoio para as Comunidades Quilombolas de Floresta, fruto da parceria existente entre o Instituto Cultural Raízes e a Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú.

Nesse sentido o espaço funciona como Escritório de Apoio para o desenvolvimento das atividades da Associação Quilombola.

Saiba mais sobre o Espaço Cultural Elias de Flora e o Ponto de Cultura Tambores da Resistência

Para conhecer mais sobre o Espaço Cultural Elias de Flora e sobre o Ponto de Cultura Tambores da Resistência, acesse os links em destaque a seguir:


terça-feira, 16 de abril de 2024

Oficina aberta de Maracatu no Vulcão marca reinício da programação do Ponto de Cultura na Comunidade


O domingo dia 14 de abril de 2024, marcou uma data história na luta cultural do Instituto Raízes em Floresta/PE.

Depois de 4 anos em que a pandemia de Covid-19 e as dificuldades financeiras obrigaram a institutição a redirecionar suas atividades para a Comunidade do Dner. foi possível retornar com as ações permanentes na Comunidade do Vulcão.

Graças as doações feitas pelos grupos culturais e por pessoas ligadas ao Instituto Raízes, foi possível alugar uma casa e reinstalar o Espaço Cultural Mestre Elias de Flora, que atenderá já a partir desse mês de abril, crianças, adolescentes, jovens e adultos da Comunidade.

Um pouco da história

O Espaço Cultural Elias de Flora, foi lançado no dia 21 de novembro de 2015, sendo uma iniciativa do Instituto Cultural Raízes em parceria com o Instituto da Juventude e, como espaço central do desenvolvimento das atividades do Projeto Afrobatuque, o atual Ponto de Cultura Tambores da Resistência.

Inicialmente um conjunto de ações foram desenvovlidades nas áreas da cultura, dos esportes e do lazer organizado, atendendo há mais de 120 (cento e vinte) crianças, adolescentes e jovens da comunidade e de outras localizades vizinhas.

As ações compreendiam oficinas de percussão, danças, artesanato, pintura em tela, cine clube, audiovisual e ensaios dos grupos culturais, além de uma escolinha de futsal e aulas de handebol e vôlei.

Ações atuais

As ações a serem desenvolvidas já a partir desse mês de abril de 2024, são oficinas percussivas de Maracatu, Afoxé, Coco e Samba Reggae; oficinas danças populares e tradicionais, de artesanato, pintura em tela e estética afro. 

Também são desenvolvidas atividades que proporcionam a reflexão sobre  comportamento social, respeito, convivência fraterna, a importância das relações positivas na familiar e na comunidade, além do respeito às diferenças e a importância dos estudos como forma de construir um futuro melhor.